Conversamos com Bill Kaulitz, vocalista da banda alemã, que volta a Lima em agosto, com seu novo disco.
Cinco anos se passaram desde o primeiro show do Tokio Hotel em Lima e muitas coisas mudaram para a banda desde aquela época. Para começar, os integrantes já não são mais as crianças que se despediam da adolescência naqueles anos. Sua aparência também mudou muito, mas acima de tudo, a sua música foi a que mais mudou. Após uma pausa de um ano, a banda voltou ao estúdio para trabalhar em um álbum com um toque mais pessoal. Cansados da pressão da gravadora, eles decidiram produzir o álbum por conta própria e, assim, fizeram o trabalho mais sincero de sua carreira. Bill Kaulitz, vocalista da banda, nos conta mais sobre isso em uma conversa por telefone:
(Clique aqui para ouvir a entrevista)
O dia em que vocês confirmaram o show em Lima, seus fãs os tornaram um dos temas mais comentados no Twitter.
Que ótimo!
Eles estão realmente animados com o seu retorno.
Bom, é sempre bom ver quando as pessoas se entregam de verdade nos nossos shows e é assim na América do Sul. É ótimo voltar, porque os shows são sempre ótimos aí, por isso estávamos muito ansiosos para levar esta turnê e é muito legal finalmente poder anunciar. Ficamos muito felizes em ouvir este tipo de coisa, apreciamos de verdade e nos faz ter mais vontade de ir. Sei que vai ser um grande show. Muito tempo se passou e já era hora de voltar. Estamos muito animados.
Seu primeiro show em Lima foi há cinco anos. Lembro da histeria que causaram aquela vez, mas o que você lembra?
Eu sempre soube que o público peruano era muito intenso, cheio de energia, como você diz. E pude sentir isso no palco. Mas, sabe, sempre tenho a sensação de que o tempo passa muito rápido quando se está lá em cima. É como se eu subisse ao palco e descesse logo em seguida, então não vejo a hora de sentir essa energia novamente.
Vocês vão voltar a Lima com um novo disco, que foi lançado quase seis anos depois de "Humanoid", seu antecessor.
Sim, decidimos fazer uma pausa criativa para voltar ao estúdio sabendo que era aquilo que queríamos. Havíamos passado muito tempo fazendo turnê e precisávamos fazer uma pausa. Nos separar, ir cada um para o seu lado. As turnês, os shows... precisávamos deixar isso de lado por um tempo para fazer um álbum muito bom. Então desaparecemos por um tempo, curtimos a vida e voltamos ao estúdio para compor. Desta vez tivemos a oportunidade de compor, produzir... fazer tudo por conta própria, o que foi super novo para nós, mas queríamos que esse fosse o nosso próximo passo. Demorou mais do que pensamos. Não achamos que duraria cinco anos, mas pelo menos o disco ficou bom (risos).
Você acha que fazer essa pausa foi uma decisão arriscada? Quero dizer, vocês decidiram deixar tudo por um tempo quando sua carreira estava no seu melhor.
É que, mesmo quando sua carreira está indo muito bem, você sempre tem que dar um tempo para produzir um disco. Nunca fomos aquele tipo de banda que lança discos todo ano porque é obrigatório. Sempre quisemos fazer grandes álbuns, é algo que amamos de verdade. Crescer e amadurecer faz com que sua música mude também, então precisávamos parar e avaliar que tipo de música queríamos fazer, como devia ser o som das novas canções. Precisávamos desse tempo para voltar com tudo.
Durante essa pausa, você e seu irmão se mudaram para Los Angeles.
Sim, nós ainda moramos em Los Angeles. Era impossível para nós ter uma vida privada na Europa. As coisas saíram do controle, portanto, foi necessário ir para um lugar onde pudéssemos ter privacidade. Los Angeles era a cidade perfeita para isso. Tínhamos conhecidos: produtores e amigos que moravam aqui, então foi a combinação perfeita. E continuamos aqui.
Eu gosto do nome do seu novo álbum, "Kings of Suburbia". Por que esse título? Já se sentiram assim antes?
O nome foi escolhido durante o processo, quando estávamos gravando o disco. Nós o escolhemos porque tínhamos essa lembrança de quando éramos muito jovens e morávamos na Alemanha e ficávamos tão entusiasmados com um projeto ou quando fazíamos uma música boa, que nos sentíamos os reis do nosso próprio mundo. Agora estamos vivendo o nosso sonho e lembramos desse sentimento e como temos a mesma energia no estúdio.
Vocês estão compondo mais em inglês agora? Todas as canções do novo álbum são em inglês.
Quando se trata de música, nós não gostamos de traduções. Fizemos isso para o disco anterior: traduzir as canções em alemão para inglês e nos tomou muito tempo... Além disso, era muito forçado. Não queríamos forçar nada neste álbum e decidimos que se gravássemos uma canção em inglês, ela ficaria em inglês e se fosse em alemão, ela ficaria em alemão. Não queríamos mais fazer essas traduções. Estamos felizes com isso. É claro que isso não quer dizer que nunca mais faremos músicas em alemão, mas agora estamos escrevendo muito em inglês.
Conte-me um pouco do show que farão em Lima, o que os fãs podem esperar?
Vamos tocar todas as músicas do novo álbum, então haverá uma abundância de "Kings of Suburbia", mas vamos tocar nossos clássicos (risos). No geral, é um show muito energético. A ideia, já que o álbum é eletrônico, é levar as pessoas para uma casa noturna. Queremos fazer uma grande festa. Esse é o plano, porque o disco foi muito inspirado na vida noturna. Queremos levar isso para o palco. Há um show de luzes incrível, o show é muito eletrônico, as roupas são fantásticas. Será uma grande festa!
Tradução: Naah - LdSTH
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