Parte 1 aqui!
(De 8:30 a 16:15)
Ingo: 1LIVE hoje com Bill e Tom do Tokio Hotel em LA, onde eles vivem. Onde estão Gustav e Georg?
Tom: Eles estão na Alemanha agora, mas virão aqui na próxima semana e aí faremos um pouco de divulgação [N/A: Essa entrevista foi gravada no final de novembro], depois vamos fazer algumas pequenas apresentações até, não sei, o fim do ano, divulgação, vamos tocar algumas músicas aqui e ali, e no próximo ano vamos sair em turnê juntos.
Ingo: Eles não gostam de aparecer o tanto quanto vocês ou porque eu sempre tenho a sensação de que quando vejo suas entrevistas eles são um pouco...
Bill: Bem, eles não...
*algo faz barulho*
Ingo: Esse foi o cachorro...
Bill: Sinceramente, eles não gostam muito de aparecer. Eles não se importam muito com isso, então não é que eles pensem "Não queremos fazer isso", mas se não tem necessidade, tudo bem para eles se fizermos isso sozinhos. Eles amam estar no palco e tocar as músicas, mas não gostam muito das outras coisas, como sessões de fotos e entrevistas.
Ingo: De alguma forma, o foco é sempre vocês, então eles acham isso bom? Não é que eles falem "Também queremos ter isso"...?
Bill: Não, eles também têm uma vida mais relaxante por causa disso. Muitas pessoas acham... nós também vemos isso entre os fãs quando eles dizem "Oh, o Bill sozinho na capa de novo", mas não discutimos sobre essas coisas. Nunca falamos sobre quanto tempo alguém vai aparecer no clipe ou quem estará na foto. Não há brigas sobre isso, e nunca houve. Acho que todo mundo tem a sua posição e função na banda, e está feliz com isso.
Ingo: Eles estão envolvidos no processo criativo quando vocês escrevem músicas novas, ou só aparecem no clipe e tocam com vocês?
Bill: Isso varia. Quanto à música, Tom é quem faz a maioria das coisas, porque ele também produz...
Tom: Bem, também porque ele é o mais talentoso...
Bill (risos): Não, mas o Tom já havia terminado algumas músicas quando fomos ao estúdio e adicionamos os instrumentos ao vivo com eles. Os dois também fazem sua contribuição, é claro, eles também têm ideias para mudar algo, por exemplo, quando Gustav quer mudar algo na batida.. Mas eles não escrevem músicas ativamente porque...
Tom: Eles tocam seus instrumentos.
Bill: Exatamente.
Tom: E não dá para escrever muitas músicas com a bateria... (risos)
Bill: Mas também já passamos um tempo compondo juntos, quando fomos para um certo lugar e passamos duas semanas lá.
Tom: O problema...
Bill: E tocamos, improvisamos um pouco.
Tom: Exatamente, nós tocamos e improvisamos. Mas devo dizer que, como uma banda, somos incrivelmente indisciplinados. Bill e eu somos mais disciplinados quando estamos sozinhos do que quando estamos com a banda, porque temos uma certa energia, por exemplo, quando estamos ensaiando, na verdade passamos o tempo todo tirando sarro uns dos outros, e só ensaiamos uma música, no máximo. E o resto do dia nós...
Bill: Conversamos.
Tom: Sim, nós relaxamos e conversamos, comemos algo e jogamos ping pong.
Ingo: Dizem que tudo que fazem é completamente calculado, nada é por acaso. O que vocês têm a dizer sobre isso?
Tom: Por um lado, eu vejo como um elogio porque isso significa que o que estamos fazendo deve ser bom, de alguma forma, e transparece que estamos nos empenhando muito, o que é verdade, mas não temos um grande plano ou um mecanismo. As pessoas sempre pensam "Meu Deus, eles fazem parte de uma grande gravadora, com todos aqueles managers e consultores inteligentes, que criaram e planejaram isso", mas nunca tivemos isso e provavelmente nunca teremos. Por exemplo, nunca tivemos um verdadeiro manager. Sempre fizemos tudo por conta própria, e acho que Bill e eu nem sequer conseguiríamos lidar com isso. Nós ficaríamos loucos se tivesse alguém nos aconselhando o dia inteiro. Sinceramente, eu odeio ouvir conselhos.
Ingo: Então vocês têm controle sobre tudo que está acontecendo? Pode-se dizer que vocês são um pouco loucos por controle?
Bill: Totalmente. Na verdade, somos meio doentes por controle, nós irritamos todo mundo da nossa equipe por causa disso, porque é raro algumas pessoas fazerem o seu trabalho direito. Porque elas sempre voltam para nós com todas as coisas e quando Tom e eu passamos o final de semana em Las Vegas, nós não respondemos ninguém às vezes... (risos)
Ingo: Isso simplesmente aconteceu...
Bill: Sim, mas na minha opinião... é o nosso bebê, é a nossa banda. E eu não posso viver com isso se outras pessoas tomarem decisões por nós. Se eu tomo decisões por conta própria e não dá certo, então eu sei que fui eu quem estragou tudo, e consigo viver melhor com isso, do que se eu soubesse que algum idiota tomou essa decisão para mim e deu errado. Eu não conseguiria lidar com isso. E, como disse, eu sempre fui auto-determinado e isso é muito importante para mim.
Ingo: Acima de tudo, vocês sabiam que queriam fazer isso, vocês queriam sair, tocar ao vivo e atingir o público. Desde quando vocês sabem disso?
Tom: Na verdade, nós tínhamos pouca esperança... a banda existe esse tempo todo, até mesmo durante nosso tempo de escola, e sempre fazíamos alguns shows nos fins de semana, sempre ficávamos felizes quando fazíamos shows maiores e ganhávamos 250€, essas foram as maiores performances até o momento.
Ingo: Assim como hoje em dia, certo?
Tom: Exatamente, assim podíamos ganhar mais dinheiro, mas nunca tivemos... Quero dizer, em Magdeburg havia um monte de bandas e nos encontrávamos nos clubes nos fins de semana, mas não há nenhuma gravadora nem gestão, não há indústria da música. Então nunca tivemos esperança de que um clipe nosso passaria no VIVA ou na MTV. Nunca nem sequer imaginamos isso. E tudo deu certo no final, na verdade, parece um sonho até hoje.
Ingo: Agora é claro que todo mundo diz "Oh, todas aquelas coisas sensuais, o clipe e a capa do single com aquele mouse-clitóris estranho, é tudo planejado"...
Tom: Devo dizer que percebemos que todo mundo diz "Oh, agora vocês criaram um pacote sexual"... De qualquer forma, eu acho que usar sexo como uma estratégia não funciona para homens, assim como para a Christina Aguilera, por exemplo... (Bill ri)
Ingo: Ou Miley Cyrus...
Tom: Sim, mas eu acho que, em geral, isso funciona melhor para as mulheres. Simplesmente aconteceu, porque o Bill sempre quis gravar um clipe com orgia.
Bill: Sim, é verdade... Mas eu também devo dizer que as pessoas recebem tudo de uma vez e consomem muito rápido. Mas quando os clipes são feitos, há um longo intervalo entre eles, é claro. Nós gravamos o clipe de "Girl Got A Gun", por exemplo, bem antes do que o clipe de "Love Who Loves You Back", então não os vemos mais como um pacote. Nós decidimos nossa ideia relativamente de forma espontânea, o que queremos fazer. Também depende da situação, você não se senta na mesa e pensa em como atrair mais atenção ou como fazer uma boa divulgação. Mas isso acontece na hora certa. Você tem uma visão da música e uma ideia para ela, e isso acontece, de alguma forma. Quando o clipe é lançado as pessoas consomem muito rápido, elas assistem um vídeo de três minutos e logo em seguida assistem outro, então é um pacote para elas, mas foram meses de trabalho para nós, então não vemos coerência nisso.
Tradução original: Herzblut @ TokioHotel_Info
Tradução para Português BR por: Naah - LdSTH
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