Free Press: Em antecipação do novo álbum não se pode falar sobre a música, mas pode-se falar das suas aparências. O seu baterista tem um novo corte de cabelo – isso é assim tão importante?
Bill Kaulitz: Foi sempre assim conosco, e a aparência foi sempre um tópico na Indústria. Mushroom (penteado parecido a um cogumelo) com os Beatles, maquiagem com David Bowie, lycra com os KISS – e agora até o cabelo do Georg faz parte. A história repete-se.
Free Press: O primeiro single “Automatisch” está composto de muitos efeitos. Tem algo de rock?
Bill: Em Humanoid também há músicas que se concentram em guitarras. Contudo, tentamos experimentar novos sons e também produzir com sintentizadores e teclados. Não nos tornamos DJ’s de música eletrônica, mas o álbum tem no seu geral um som muito fresco.
Free Press: Até o momento não tem utilizado efeitos de voz, deixaram a voz do Bill natural. Agora no Pop moderno, o efeito de voz ”a la Cher” é muito usado. Por que?
Tom: Nós misturamos o nosso álbum em stéreo, com os efeitos dos Beatles. Não, nós na verdade não queríamos mencionar isto, mas nos coros temos Lil Wayne, Kanye West, Cher e Akon.
Free Press: O novo álbum, intitulado Humanoid, soa como uma ilusão irônica porque, apesar de vocês serem ainda humanos, não deixam de ser vistos muitas das vezes como peças de arte, ou então são fortemente idealizados pelos fãs. É isso que significa o título?
Bill: Nós não tivemos o termo “Humanoid” no início. As nossas músicas simplesmente desenvolveram-se nessa direção, e o nome de repente apareceu lá – e tudo se encaixou perfeitamente. No geral, nos inspiramos naquilo que acontece realmente nas nossas vidas. Muitas músicas de “Humanoid” explicam histórias e sentimentos desde o nosso último álbum. Mas também é verdade, “Humanoid” é uma pequena amostra de como às vezes as pessoas nos vêem.
Free Press: Qual o elogio de um colega musical que teve mais significado para vocês até agora?
Tom: Bem cedo, a opinião do nosso padrasto, que me ensinou a tocar guitarra, foi a mais importante para nós. Agora ouvimos com frequência elogios agradáveis.
Free Press: Em que acorde na história do rock gostariam de ter escrito?
Tom: Bem, durante uma pausa de “Automatic”, toquei com o Georg a “Hells Bells” do AC/DC – é definitivamente fantástica!
Free Press: Quanta participação dos membros da banda está nas novas peças, e de onde veio essa inspiração?
Tom: O Bill andou com milhares de papéis nos seus bolsos, e escrevia as ideias e linhas para uma nova música sempre que tinha oportunidade. Às vezes os textos vêm primeiro, às vezes a melodia. Escrevemos com frequência as músicas em grupo, mas não temos nenhuma receita.
Bill: No que diz respeito ao som, claro, o Tom é que trata disso. Agora até com os sonidos do teclado. O Tom é realmente quem toca melhor.
Tom: Com “Humanoid” trabalhamos muito com os sintetizadores e teclados. Gustav por exemplo, agora tem uma bateria eletrônica ao lado do seu conjunto de rock. O que é super impressionante, pois eu posso torná-lo mais silencioso durante o ensaio!
Free Press: Agora são muito famosos internacionalmente. Em que país a sua imagem aparece menos nos tablóides e em qual a música está em primeiro plano?
Bill: Isso depende do país onde estamos a ser entrevistados. Temos ambas as coisas. Às vezes é mais sobre as músicas, letras e concertos e outras vezes sobre a nossa imagem e assim… Mas ambas as coisas estão bem para nós. Quando eu procuro algo assim, não espero que alguém queira falar comigo sobre isso!
Free Press: Vocês 2 nunca esconderam o fato de que preferiam os palcos à escola. Como se sentiram quando foram elogiados pela Realschul Grau com um prêmio especial para “Distance E-Learning Youth Prize 2009"?
Tom: Sim, a escola foi e é um total horror para nós. Nós ficamos estressados. Os professores odiavam-nos e nem escondiam esse fato. Mas o sentimento também era mútuo! Acabamos a escola porque as autoridades nos forçaram. Mas pensamos, “tudo bem, se temos de fazer, então que seja bem feito”. Nós somos perfeccionistas.
Tradução: TH Zone
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