terça-feira, 29 de setembro de 2009

Rockol.it: Tokio Hotel em Milão: Downloads ilegais é roubo

Em frente do Hotel, um moderno edifício de 5 estrelas, situado na zona de Lotto-San Siro em Milão, cerca de 80 fãs disciplinados do Tokio Hotel aguardam. É claro que esperam ver os rapazes alemães, que irão lançar o seu tão esperado álbum “Humanoid” a 2 de Outubro – após o single “Automatic”. O Tokio Hotel está muito atrasado. Os jornalistas estão tentando encontrar em conjunto uma estragégia para quando eles estiverem chegando, dentro de 15 ou 20 minutos, entrevista-los.

Além disso, as perguntas em italiano têm de ser traduzidas para o alemão e as respostas em alemão têm de ser traduzidas de volta para o italiano. Em suma: demora cerca de 50 segundos cada uma. Talvez pudéssemos pedir por uma homologação para o Record do Guinness Mundial. Finalmente optamos pela única solução: Uma pergunta por cabeça, o mais rápido possível, e assim por diante.

A banda de Magdeburg chega à sala e toma lugar. Não pode perder Bill Kaulitz. Ele é muito querido e sorridente, tem as unhas pintadas, muita maquiagem, cabelo preto em pé, luvas sem dedos, sem vestígios de barba, colares de aço pesado. Ele será quase o único a falar. Líder de aptidão.

Vocês já sabem quando irão começar a Tour para promover “Humanoid”?
Temos uma nova agência. Ainda não sabemos as datas, mas esperamos agendar alguns concertos na Itália.

Por que escolheram África do Sul para filmar o vídeo da música “Automatic”?
Decidimos ir para lá porque precisavámos de um deserto. Foi um vídeo muito exigente porque a gravação durou 5 dias. Este single é uma das últimas músicas produzidas para o álbum; mas é a primeira a ser lançada porque resume o andamento do disco. Também é sobre uma garota sem sentimentos.

O fio condutor do álbum?
Gira em torno da palavra ‘Humanoid’, mesmo que no ínicio não tivesse sido previsto. Este é o fio condutor, mas estava de fora enquanto produzíamos o álbum.

No entanto, existem várias referências à ficção científica.
Têm nos falado disso quando acabamos o álbum e notamos que é verdade. Contudo, não existem elementos particulares que quisemos focar.

Por que gravaram nos Estados Unidos?
Não deviam se importar onde produzimos a nossa música. As músicas são criadas no nosso país. Não interessa onde produz. Nós gravamos lá porque existem bons estúdios de gravação.

Existiu uma evolução desde “Scream”?
Sim, foi um processo natural – tentamos pôr de lado o esquema usual baixo-bateria-guitarra. No entanto o tempo passou, por isso é normal que haja uma evolução.

Neste momento a sua vida é um pouco “automática”?
É óbvio que não consegue fazer um álbum destes se passar o seu tempo a relaxar no parque. Nós calculamos o nosso tempo, e também devemos a este álbum a nossa falta de privacidade. Obviamente perdemos a nossa vida normal, mas foi uma escolha que fizemos porque nós temos esta perspectiva desde os 15 anos. Contudo não sabíamos que íamos chegar tão longe.

Porquê o novo penteado?
É uma das poucas decisões que posso tomar. Mas…bem não existe uma razão em particular.

Acham que a sua ausência entre o último álbum e este pode ter enfraquecido a sua popularidade?
Não podemos dizer isso sobre a Itália com certeza! (TH voltou agora de uma festa cheia de fãs que foi organizada pelos fãs). Nós precisamos de tempo para encontrar força e criatividade. A coisa mais importante era fazer um bom álbum.

E como nasceu o álbum?
Começa sempre com um baixo e uma bateria. Um de nós escreve as músicas e o outro toca. (risos)

E a sua relação com a internet?
Existem tantas coisas escritas que tentar lê-las só nos deixa ficar loucos. Nós temos que fazer uma seleção necessariamente.

Alguns episódios desagradáveis – por vezes até violentos – que aconteceram com os seus fãs…
Estes episódios não têm nada a ver com fãs – aconteceram porque existem pessoas loucas, algumas psicopatas. A nossa relação com os fãs sempre foi boa. Estes episódios não estão relacionados com os fãs.

A entrevista – que originalmente tem que acabar de uma maneira normal – acabou com uma condenação inesperada feita pelos nossos convidados. Encorajada por um colega que perguntou o que eles achavam dos downloads ilegais – visto que hoje em dia existe um grande debate sobre a Lily Allen e outros – os rapazes estão completamente contra pessoas que fazem downloads ilegais de músicas e tentam ser mais espertos que os outros. “Não existe nada que não tenha um preço neste mundo. Este tópico é sério. Os downloads ilegais dá cada vez menos oportunidades as bandas jovens de emergir porque as gravadoras estão em crise. Este fenômeno deveria ser punido porque é grave. Mesmo antes de nos tornarmos famosos, nós nunca aconselhamos a fazer isto. É roubar. Sem rodeios, fazer downloads ilegalmente é roubar”.




Tradução: TH Zone

Nenhum comentário:

Postar um comentário