quinta-feira, 5 de outubro de 2017

032c.com: Fumando com... Bill Kaulitz

Em 2001, quatro crianças de Magdeburgo, na Alemanha, fundaram uma banda de rock chamada "Tokio Hotel". O primeiro single do quarteto, "Durch den Monsun", invadiu a Europa e causou um frenesi entre os adolescentes. A França relatou um aumento na inscrição para aulas de alemão nas escolas - as músicas alemãs angustiantes da banda provocaram um súbito interesse pela linguística estrangeira - as mesadas foram gastas em viagens de ônibus para shows, pôsteres foram colados nos tetos sobre camas de solteiro e tatuagens de henna com o formato de B foram feitas em banheiros. Pura histeria de fã. Bill Kaulitz, o vocalista da banda, tinha 14 anos na época.

Após cinco álbuns de estúdio e uma mudança para Los Angeles, Bill Kaulitz acabou de encerrar a turnê do Dream Machine com o Tokio Hotel. Enquanto descansa em Berlim, ele saiu para fumar com Eva Kelley do 032c e falou sobre o vício em cigarro e por que Los Angeles é o refúgio perfeito.

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Eva Kelley: Você conhece o jogo onde você escolhe seus convidados ideais para um jantar? Se você pudesse escolher o seu parceiro ideal para fumar, quem seria?
Bill Kaulitz: Angela Merkel. Ela não fuma, mas eu adoraria se ela pudesse fumar comigo. Acho que ela é uma pessoa muito interessante! Adoraria simplesmente conversar sobre a vida, tomar uma sopa de batata e depois fumar com ela. Seria legal.

Então, como foi sua turnê do Dream Machine?
Foi intensa, mas acho que foi a melhor turnê que já fizemos. Artisticamente falando, fizemos tudo que gostaríamos de fazer. Nós quebramos o padrão de uma banda típica em que só se tem guitarra, baixo e bateria, agora é muito mais eletrônica. Eu desenhei todas as roupas, o que foi muito divertido. Passamos duas semanas na Rússia e foi muito intenso. Não dormimos, mas foi legal. Eu fiquei feliz. Foi uma boa turnê.

Por que foi tão intenso na Rússia?
Por causa da situação política. Toda vez que vamos para a Rússia, é mais tenso. Nossas músicas, como "Love Who Loves You Back", falam sobre propagar o amor e que não importa qual é a sua orientação sexual. As pessoas ouvem essas canções e não concordam com a maneira que eu me apresento e me visto. Então, é um pouco provocativo. Há uma tensão lá que me estressa um pouco, mas gosto de enfrentar e desafiar isso.

O que provocou a mudança estética e musical?
Nós ficamos muito frustrados com os nossos produtores e com as pessoas com quem trabalhamos antes, então decidimos que faríamos tudo sozinhos neste álbum. Nós produzimos, compomos, mixamos - fizemos tudo. Tom [Kaulitz] foi o produtor principal e ninguém mais esteve envolvido. De certa forma, este álbum parece ser o nosso primeiro álbum.

Você sempre teve uma base de fãs muito forte. Como acha que eles receberam essas mudanças?
Eu acho que a base de fãs hardcore sempre vai existir. Às vezes, sinto que não importa o que fazemos, porque para eles, a banda é mais um estilo de vida. Eles recebem o que lhes damos e comemoram. Mas tem um pessoal novo que está descobrindo o Tokio Hotel agora. Eles nos conheceram por meio desta nova fase. Eu gosto quando o público se mistura, quando tem gente nova e mais velha. Há muito mais fãs homens agora também.

Como está sendo morar em Los Angeles?
Eu amo LA, mas também amo ficar um pouco longe daquele lugar. Pela primeira vez eu tive uma vida adulta lá. Coisas como ter uma vida social e sair. Eu vivia muito isolado aqui na Alemanha, e lá, pude viver livremente pela primeira vez.

Você se sente livre quando fuma em Los Angeles?
Sim. O engraçado é que nas baladas de lá têm uma pequena área para fumar e elas estão sempre lotadas. Às vezes eu nem vou para a balada. Eu só fico no fumódromo. Tem lugares em LA onde você não pode nem fumar na rua! As pessoas gritam coisas do tipo "Você não pode fumar aqui!" É ridículo que alguém siga essa regra. Não sou uma pessoa muito saudável, no sentido "saudável" de LA. Então, eu me sinto como um alien lá. Todo mundo levanta às oito da manhã, faz ioga, bebe smoothie e eu sou o típico...

... europeu.
Sim. Nunca me adaptei ao estilo de vida de LA, na verdade. Para mim, aquele lugar é mais sobre ser capaz de me esconder. Ninguém presta atenção em mim. E isso é o que eu mais amo. Nunca tentei ter uma carreira lá. A questão sempre foi me esconder. Fugir do sucesso, entende?

Então você acha que passa despercebido lá?
As pessoas têm que decidir: "Vou seguir Bill Kaulitz e tirar uma foto dele ou vou seguir Britney Spears ou Brad Pitt?" Há tantos atores e celebridades lá, que as pessoas já estão de saco cheio disso.



Tradução: Naah - LdSTH
Fonte

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