sábado, 29 de agosto de 2015

G1: Tokio Hotel: líder diz que 'se sente velho' aos 25 anos; banda toca em SP (28.08.2015)

Bill e Tom Kaulitz falaram ao G1 sobre show desta sexta-feira (28).
'Estou velho, tenho quase 30 anos', brincou o vocalista alemão.

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Na última visita do Tokio Hotel pelo Brasil, o vocalista da banda alemã, Bill Kaulitz, saiu do palco seis vezes para trocar de roupa. No show que a banda faz nesta sexta-feira (28), no Citibank Hall, a proposta é mais econômica. “Acho que troco de roupa ‘só’ cinco vezes’, brinca Bill, em entrevista por telefone ao G1, ao falar a turnê “Feel It All”.

O irmão gêmeo do cantor, Tom Kaulitz, guitarrista do grupo, também participa da conversa (não é muito fácil saber de quem é a voz do outro lado da linha). Tom explica que a tour também é mais modesta: os shows agora são em locais menores. A ideia é fazer uma “festa noturna dançante” e tem a ver com a forte presença de música eletrônica no disco mais recente, “Kings of Suburbia”, que saiu em outubro do ano passado.

Bill e Tom não esperam que, em 2015, o Tokio Hotel já não desperte reações apaixonadas como cinco anos atrás, quando fãs acampavam para garantir lugar na primeira fila das apresentações. “Assim como nós, os fãs ficaram um pouquinho mais velhos”, observa Bill. Ele anda se sentindo velho. “Tenho quase 30 anos!”, conta o músico, que na verdade faz 26 no dia 1º de setembro.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:

G1 – Na sua última turnê no Brasil, o Bill comentou que costuma ouvir mais perguntas sobre o penteado do que sobre música. Mas é que ele trocou de roupa seis vezes durante o show. Quantas vezes isso acontece agora na nova turnê?
Bill – Acho que cinco vezes (risos). Sempre amei e me divirto muito com esse aspecto visual. Para mim, essas coisas vêm junto: o show, o visual, as luzes, as roupas, tudo. Desenhei todas as roupas desta turnê com um estilista de Los Angeles chamado Marco Marco. Foi muito divertido fazer isso, de verdade.

G1 – Vocês já disseram que os shows da turnê são como ‘uma festa’, mas também ‘intimista’ e ‘super hot’. Isso significa o quê?
Tom – Nós temos tocado em lugares menores, para nos reconectar com nossos fãs. Queríamos conseguir senti-los. E o álbum é tão eletrônico, inspirado na vida noturna, nas festas. Queríamos estar numa festa com o público, como uma casa noturna. Isso vale para a produção. Então, temos show de luzes incríveis, roupas. Tem funcionado muito bem.

G1 – Na passagem anterior pelo Brasil, fãs do Tokio Hotel dormiram na frente no local do show para conseguir lugar na primeira fila. Isso ainda acontece com a banda?
Bill – Não sei se vai acontecer de novo. Em geral, acredito que, assim como ficamos um pouquinho mais velhos, os fãs também ficaram (risos). Alguns deles ainda acampam em frente aos locais do show para ficar na primeira fila... Na Europa, é bem diferente, porque tocamos mais vezes. No Brasil, os lugares são maiores, mas sempre vamos amar que os fãs sejam tão apaixonados.

G1 – A média de idade dos fãs do Tokio Hotel deve ter aumentado.
Bill – Definitivamente. E quase chego a ficar triste com isso. Aqui em Los Angeles [onde a banda mora atualmente], acontece bastante de encontrarmos com produtores e outras pessoas da indústria musical, e várias delas chegam e dizem: “Oi! Eu cresci ouvindo sua música!”. E eu: “Quê?! Sou tão velho…” (risos).
Tom – É meio doido, mas é verdade. Definitivamente, é estranho, porque sempre fomos os mais novos, a banda mais jovem em qualquer lugar aonde íamos. Agora, mudou. Mas é uma honra, da mesma forma, sabe?

G1 – Vocês já disseram que a mudança da banda para Los Angeles inspirou o último disco, ‘Kings of Suburbia’. Vale o mesmo para a turnê?
Bill – Acho que inspirou toda a carreira da banda em geral. Porque morar aqui é meio que estimular a criatividade o tempo inteiro. Conseguimos encontrar de novo o prazer de subir no palco, de fazer turnês. Foi como recobrar as energias e dar passo adiante na carreira da banda. A ideia é curtir a vida, usar a energia para fazer de novo aquilo que você realmente quer voltar a fazer, sabe? E nós queríamos voltar para a estrada novamente. É algo necessário para crescer como banda, como músicos, assim como no nível pessoal.

G1 – Quais as principais mudanças da banda nesse período?
Bill – Nós evoluímos como compositores, ficamos um pouquinho mais velhos. A música mudou tudo, estamos mais eletrônicos do que naquela época. Quando começamos, éramos muito jovens. Eu tinha só 15 anos na época do lançamento da nossa primeira música. Claramente, éramos garotos fazendo música e não sabíamos muito sobre o assunto (risos). Desde então, fizemos muitas turnês, nos envolvemos mais com música. Definitivamente somos diferentes. Nosso estilo de música mudou: tanto a música de que passamos a gostar quanto a que passamos a compor. Além disso, tenho quase 30 anos. Quando paro para pensar nisso, é loucura (risos).
Tom – Por outro lado, nada mudou.
Bill – Isso. Estamos juntos, nada parece ter mudado: ainda existe a mesma amizade, os mesmos integrantes na banda, ainda amamos fazer a música, e há a mesma energia. É como uma família, sabe?

G1 – Vocês têm uma música chamada ‘Love Who Loves You Back’. O Bill já disse que acredita ser possível amar várias pessoas ao mesmo tempo, mas o Tom discorda. Mas e se falarmos de bandas? Se os fãs de vocês pudessem dividir o amor deles entre o Tokio Hotel e outra banda, qual vocês escolheriam?
Bill – Muitas (risos). É uma pergunta interessante, porque nós sempre que conversamos com nossos fãs, nos bastidores e depois dos shows, perguntamos que tipo de som estão ouvindo, do que eles gostam. Sempre me interesso por isso. E as respostas variam sempre. Mas posso dizer que vários fãs também gostam de 30 Seconds to Mars – muita gente gosta tanto deles como do Tokio Hotel. E nós somos amigos dos integrantes da banda.
Tom – Gosto de muitos artistas e acho que nossos fãs também poderiam ouvi-los. Amo Chet Faker...
Bill – E nós amamos Arctic Monkeys!
Tom – É, Arctic Monkeys. Aerosmith, claro.
Bill – Nós realmente curtimos muito essa coisa de dividir o amor (risos).



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