Entrevista para Sztár Busz - Viena, Áustria 26.03.2015 - Tradução!

Entrevistador: Certo, vamos começar. No momento vocês estão fazendo uma turnê pela Europa. Vocês estão satisfeitos com os shows em diferentes países? Vocês sentem o amor dos fãs quando estão no palco, após essa pausa?
Bill: Sim, nós sentimos o amor, com certeza! A turnê tem sido incrível até agora, na verdade, já está quase acabando. Só temos mais dois shows. Mas tem sido muito incrível, nos divertimos bastante! O conceito do show deu muito certo, estamos bem satisfeitos. O setlist é ótimo, adoramos tocá-lo, nos divertimos todas as noites. A energia nos recintos é muito boa. A ideia era criar uma festa com os nossos fãs e fazer com que todo mundo saísse suado do show e isso deu muito certo. Tem sido divertido.

Entrevistador: Eu não sei, mas acho que sair em turnê é muito difícil. Vocês se esgotam todas as noites e tocam em várias cidades. Como se preparam física e mentalmente para a turnê?
Bill: Nós sempre tentamos nos encontrar com as nossas famílias e descansar um pouco antes da turnê. Sempre fazemos isso.
Tom: Tentamos comer de forma saudável, beber menos bebida alcoólica... Nós tentamos! O Bill é super saudável, ele não bebe leite e só come sopa e salada. Apenas comida saudável.
Bill: Nada de creme/nata, por causa da minha voz. Eu sempre bebo bastante água e chá de gengibre. Faço inalação também. Nós tentamos nos manter saudáveis, tomamos vitaminas e coisas assim. Nós fazemos isso e também ensaiamos muito. Passamos semanas ensaiando antes da turnê. Nós ensaiamos desde o começo do setlist até o último minuto porque somos muito específicos no que queremos e como queremos que o show seja. É muito preparo.

Entrevistador: Qual é o momento marcante da turnê? Aquele em que vocês pensam: "É por isso que fazemos isso".
Bill: Oh, nós temos isso todas as noites.
Tom: Nós acabamos de vir de Hamburgo e tocamos em uma igreja lá. Foi um momento especial para mim. Quando eu subi no palco e a cortina caiu, eu vi os fãs e todo mundo estava pulando e eu vi a igreja. Foi lindo! Esses momentos são incríveis e você sente o amor. É por isso que fazemos isso. Queremos sair em turnê, ver os fãs, tocar nossas músicas, fazer com que as pessoas pirem e nos apresentar em lugares incríveis. É... Ficamos arrepiados!

Entrevistador: É estranho, mas vocês ficam nervosos antes do show?
Bill: Sim! Somos uma banda muito nervosa, em geral. Tudo está sob o nosso controle, mas quando estamos fazendo o show, não está mais no nosso controle. Quero dizer, é claro que dá para controlar os instrumentos e a minha voz, mas há muita coisa técnica e a equipe também, então temos que confiar em várias coisas. E aí ficamos muito nervosos, porque sempre queremos fazer o melhor show possível, mas acho que é isso o que nos motiva. Essa é a motivação: fazer o melhor show possível. Acho que o nervosismo faz parte e eu não quero perder isso, mas acho que às vezes poderia ser menos. Eu fico muito nervoso. Porém, de vez em quando, nós temos momentos calmos e relaxantes. Você fica mais calmo quando a turnê está quase acabando.
Tom: Mas isso acaba assim que você sobe ao palco.
Bill: É só antes do show, a espera...

Entrevistador: Vocês são uma banda há 15 anos e o Tokio Hotel está no topo há 10. Como fazem isso? Existe algum segredo?
Tom: É muito trabalho, para falar a verdade. Eu acho que o sucesso vem quando você é sincero consigo mesmo e ama e curte o que faz. É por isso que fizemos a pausa, decidimos parar por um tempo para viver a vida e nos afastar um pouco da carreira. Queríamos ter nova inspiração para voltar a amar o que fazemos porque perdemos isso um pouco no passado. E também tem muito negativismo envolvido. Acho que a coisa mais importante para nós foi fazer um álbum que amamos. Quando você ama a si mesmo e o que faz, é quando você consegue ter sucesso. Acho que é isso o que está acontecendo agora, essa é a mensagem que tentamos passar.

Entrevistador: Depois de passarem cinco anos vivendo a vida, vocês estão de volta com "Kings of Suburbia". Foi arriscado voltar com um novo estilo musical?
Bill: Acho que foi, sim. Eu penso que temos que arriscar às vezes, entende? É a vida. Nós não queríamos lançar um álbum só por causa do sucesso comercial, ou apenas para realizar o sonho dos fãs ou fazer o que as pessoas esperavam. Queríamos fazer algo que nos fizesse felizes e que realmente queríamos fazer. Algo que tivesse o melhor som, o melhor álbum que pudéssemos fazer. Essa pausa foi essencial para nós, para podermos ser criativos, construir um estúdio e produzir por conta própria, a liberdade criativa foi muito importante para nós. Nós meio que ignoramos tudo, as pessoas dizendo que era perigoso e que devíamos lançar um álbum. Não dá para lidar com esse tipo de coisa. Você tem que ser livre no estúdio e apenas se concentrar no que quer fazer, no que te faz feliz. Você não pode planejar o sucesso, é algo que acontece na hora certa. Primeiramente, você tem que estar satisfeito com a música que faz.

Entrevistador: Vocês falaram que produziram o "Kings of Suburbia"...
Bill: Qual foi a pergunta?
Entrevistador: Por que vocês foram os produtores?
Tom: Primeiramente, Bill e eu produzimos o álbum, mas não foi algo planejado. Porém, agora eu estou feliz por isso ter acontecido, porque nós crescemos como artistas e produtores. Nós passamos por esse processo e ficamos três anos em estúdio, estou feliz por termos feito isso, mas não foi planejado. Nós trabalhamos com algumas pessoas e não pareceu certo porque elas não entenderam o que nós queríamos. Então pensamos em produzir por conta própria. Construímos um estúdio em casa e começamos a produzir desde o começo, gravamos tudo sozinhos e começamos a escrever as primeiras músicas. Eu acho que é mais fácil me fazer feliz quando eu mesmo faço. Ninguém tem a mesma visão que você, mas é claro que nós também aprendemos com as outras pessoas. Tem muitos produtores ótimos por aí e trabalhamos com algumas pessoas neste álbum, foi incrível. Nós fizemos "Love Who Loves You Back" com uma grande equipe de produtores de LA. É claro que trabalhamos com ótimas pessoas, que estão nesse ramo há muito tempo. Você sempre aprende algo quando se é criativo, produtor e músico no estúdio. Você nunca para de evoluir e aprender. O seu gosto e estilo mudam e vai ser assim para o resto das nossas vidas. Eu ainda vou aprender coisas e mudar quando estiver com 60 anos e acho que vai ser assim com a banda também. Todo o processo de composição e produção foi bem diferente e evolutivo para nós, como banda. Também foi muito importante para nós como artistas, individualmente.

Entrevistador: LA foi uma grande inspiração para o novo álbum e vocês acharam o que estavam procurando?
Bill: Sim! Nós achamos a liberdade e foi a coisa mais importante. Eu diria que não teve muito a ver com a cidade, mas sim com a vida que pudemos ter lá. Foi muito importante poder sair e ser livre. E fomos à muitas festas, vimos a cena EDM (música eletrônica), muitos DJs e baladas. É por isso que o álbum é muito mais eletrônico.

Entrevistador: Quais são os planos para este ano depois dessa turnê?
Bill: Vamos fazer muitas turnês! A próxima vai ser nos EUA, vamos fazer alguns shows lá. Depois voltaremos para a Europa para tocar em alguns festivais. Vamos continuar com a "Club Experience" em mais alguns países e também iremos para alguns lugares que nunca fomos antes. Vamos fazer shows em recintos maiores na América do Sul e depois vamos tocar em arenas no resto da Europa. É muito show, faremos turnê durante o ano todo.

Entrevistador: E a Hungria? Os fãs de lá estão com saudades!
Bill: Não sei! Agora estamos organizando a turnê, não está nada planejado, mas é bem possível que nós iremos para a Hungria. É difícil ir a todos os países porque a programação da turnê tem que fazer sentido. Então vamos ver! Talvez façamos uma visita à Hungria!

Entrevistador: Certo, obrigado!
Bill: Muito obrigado!

Bill: Oi, nós somos...
TH: Tokio Hotel!
Bill: E você está assistindo Sztár Busz!



Tradução: Naah - LdSTH