terça-feira, 31 de março de 2015

Tokio Hotel TV 2015 (Episódio 8) - Fazendo o Som - Tradução completa!


Fazendo o Som

Aron: Este é o novo Tokio Hotel, é como levá-los para o nível onde está o novo som deles.
Tom: Eu só queria que o som fosse o mesmo que eu usei no estúdio. Nem sempre eu pude fazer essas coisas e isso me incomodava o tempo todo. Não quero recriar nada, quero tocar o som original do álbum.

Tom: Na última turnê, a do "Humanoid", nós já começamos o processo do som ao vivo. Eu já pensava em como transportar o som que usamos no estúdio para o palco. Eu só queria que o som fosse o mesmo que eu usei no estúdio. Nem sempre eu pude fazer essas coisas e isso me incomodava o tempo todo. Muito antes de lançarmos esse álbum, eu já estava preocupado com como iríamos transportar tudo isso para o ao vivo.

Aron (diretor musical): Quando conheci o Tom, ele tinha uma ideia muito clara do que queria, já que estava muito envolvido na produção desse álbum. Eles, Bill e Tom, queriam que todas as músicas tivessem efeitos diferentes na voz, assim como é no álbum. Isso significa que todas as canções são distorcidas, com longas pausas, além de ecos e reverberações particulares, e eles queriam que tudo isso soasse ao vivo em um setup ao vivo. E foi por isso que concordamos em usar o MainStage (aplicativo da Apple), acho que o que fizemos foi usá-lo ao máximo.

Tom: Antes de lançarmos o álbum eu já me encontrava com o Aron e eu disse a ele que nós queríamos usar o material que estávamos usando na produção do álbum no som ao vivo, eu queria transportar todos os efeitos, um por um, queria tocá-los ao vivo. Acho que o MainStage é uma das melhores opções que existem. E o que eu fiz foi entrar nas seções da produção original do álbum, pegar os instrumentos de verdade e juntar ao MainStage. Me sentei com o Georg e nós dois vasculhamos tudo, eu queria ter as músicas prontas na lógica antes de tocá-las ao vivo. Portanto, durante as duas primeiras semanas de ensaios para a turnê, nós juntamos as músicas e as rearrumamos na lógica.

Aron: Nós passamos semanas montando o show, vasculhando a seção de logística do Tom e resolvemos colocá-la no MainStage. Quanto aos efeitos vocais no refrão das músicas, nós daríamos um jeito de torná-los ao vivo. Foi um processo louco e esta é de longe a maior produção em que já participei, e tudo graças à vontade do Tom de fazer isso corretamente, de querer soar como o álbum. Ele queria fazer algo especial, que ninguém nunca tinha ouvido antes, e queria ir o mais longe possível. Acho que foi isso que fizemos.

Tom: Tudo que estamos usando, como por exemplo, a bateria, o teclado, o computador com o MainStage para o processo vocal, tudo isso está automatizado agora. Não precisamos mudar nada, basta ir para a próxima música e tudo muda. Isto é incrível!

Aron: Eu diria que a parte mais legal do setup que nós criamos é que ele faz tudo. Ele envia informações para tudo o que está no palco. Isso significa que eu posso controlar o processo dos efeitos vocais, os sons dos teclados, os drum pads do Georg e do Tom, a bateria do Gustav. Tudo no palco é controlado por essa nave mãe.

Hansi Kecker (técnico de teclados): A quantidade de sons é incrível. Nós temos um setup diferente para cada música, que é controlado remotamente. Portanto, quando estou no MainStage ou se eu apertar um botão, todos os sons vão mudar e os teclados vão mudar também. Temos muito trabalho pela frente, mas vai dar tudo certo. Essa é uma bateria eletrônica da Roland e nós colocamos todos os nossos sons customizados nela, aí o Gustav toca com blocos diferentes e blocos de bateria e baixo diferentes. A razão para fazermos todos os blocos e sons diferentes, é porque queremos reproduzir o som do álbum e esta coisa nos permite fazer toda a parte eletrônica de uma maneira humana, para que o Gustav possa tocar todos os sons eletrônicos e usar sua bateria pessoal também.

Aron: Eu posso automatizar completamente tudo. Acho que isso significa passar do limite para um show. Por exemplo, quando chega o refrão, posso diminuir o volume da voz, criando distorção... Posso fazer muitas coisas diferentes, e tudo é automatizado no computador principal, que permite controlar tudo, e isso é muito legal. A banda não tem que fazer nada, a não ser entrar no palco, tocar e se divertir. Outra coisa legal que podemos fazer sem nos preocupar: todos os efeitos Autotune encontrados no álbum estão armazenados no MainStage. O Autotune pode aparecer a cada três ou quatro palavras, mas, graças a esse aplicativo [Mainstage], eu posso ligá-lo e desligá-lo [Autotune] durante o show inteiro.

Tom: Nós acabamos usando muitos plugins que usamos no estúdio e também queríamos usar Autotune ao vivo. Isso é incrível porque com o plugin original, muitas vezes há um problema de atraso, então, se usado ao vivo, é sempre difícil encontrar o ponto certo, e nós temos um problema de atraso com os outros plugins também. Mas com Autotune ao vivo, funciona muito bem.

Aron: Autotune pode corrigir a intensidade e criar efeitos de voz. Então, nós sabemos quando ele está ligado. Não o usamos para a correção de voz, e sim para criar efeitos agradáveis. No setup que criamos, eu posso ligar e desligar o Autotune para determinadas palavras na canção. Por exemplo, se eu quiser ligar o Autotune na terceira palavra do segundo verso, eu posso fazer isso.

Bill: Pegue uma canção como "Stormy Weather", que foi composta de Autotune nos vocais. Portanto, não tem como tocar essa música ao vivo e fazer com que soe incrível, se não tiver Autotune ao vivo. Então, sempre tivemos que achar uma maneira para todas as músicas. Por exemplo, como programar e usar todo o material que usamos no estúdio no palco ao vivo. Estamos usando os efeitos ao vivo daqueles que usamos no estúdio, para recriar o som.

Aron: É de longe a coisa mais avançada que estamos fazendo e eu acho que é muito ousado, mas também era o que Bill e Tom queriam: programar os vocais da maneira que foram programados no álbum. O mais legal é que eles produziram o disco inteiro e, por isso, queriam transportar esse som para tocá-lo ao vivo. Cada música tem três sons diferentes. A banda está tocando o seu álbum, mas eles estão indo mais longe do que nunca. É uma nova experiência ao vivo. Eles poderiam simplesmente subir ao palco e tocar seu disco como todo mundo faz. Mas aqui é diferente. Se você vem ao show deles, é como ouvir a gravação das músicas. Cada parte pode ser encontrada no álbum, porque eles usam os mesmos sons.

Tom: Estou muito animado e nervoso, ao mesmo tempo, porque tem muita tecnologia envolvida e é muito mais do que já usamos antes, ou até que outra banda já usou, eu nem sei se alguém já fez isso antes. Você tem que confiar em muita tecnologia e isso me deixa um pouco nervoso.

Bill: É realmente estranho ter que cantar com todos esses efeitos, mas é algo que precisa ser feito. E você canta de uma maneira diferente quando tem todos esses efeitos. Cada música tem um som completamente diferente, e eu estou ansioso para que as pessoas ouçam, porque acho que ficou incrível.

Aron: Este é o novo Tokio Hotel, é como levá-los para o nível onde está o novo som deles. Eles realmente queriam tocar de verdade e não deixar isso de lado. Acho isso ótimo.



Tradução: Naah - LdSTH

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