sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

NYLON Magazine - nº02/2010 [USA] (Scans + Tradução)







Não há Reservas
Os caras do Tokio Hotel podem levar mais tempo para se arrumarem do que você, mas a festa não começa sem os seus hinos cheios de guitarra de qualquer maneira.

TENTAR ENTRAR no Tokio Hotel é um pouco como tentar penetrar Fort Know. Ao chegar na pousada de Midtown Manhattan, onde a banda está hospedada, dois publicitários vão receber você no hall de entrada, e um punhado de pessoas irão acompanhá-lo até ao 18º andar. Lá, você vai passar dois guarda-costas sem senso de humor para uma suite onde uma pessoa de marketing te senta, você olha e há plantas de diversos tamanhos ameaçadoramente em um canto. Mas quando os gêmeos Bill e Tom Kaulitz, vocalista e guitarrista da banda glam-emo alemã (respectivamente) entram neste terrário suavemente iluminado de sortes, eles exalam calmaria, com o sorriso Zen nos seus rostos de bebê. "Em todo o mundo, os fãs nos seguem." Tom explica timidamente sobre a segurança DEFCON. "Quando nosso tour bus sai de um local, nós temos, como, 20 carros que nos seguem".
O semblante tranquilo de Kaulitz trai a agitação - e mecanismo rígido - que os cercam em toda parte, todos os dias. (Talvez isso está dizendo que o seu mais recente álbum, seu segundo lançamento nos EUA é intitulado Humanoid.). Depois de nove anos juntos, Tokio Hotel já vendeu 3,5 milhões de álbuns no mundo inteiro, teve uma estrela em homenagem à banda (por uma super fã), e Bill foi imortalizado no museu de cera Madame Tussauds. No entando, a banda tinha certeza que eles só teriam feito isso depois de arrasar na América. Tom diz, "Eu acho que um momento importante em nossa carreira foi a tour nos EUA e os VMAs [em 2008]." (Eles vão viajar pelos EUA novamente nesta primavera.)
Essa popularidade não empalideceu. Apenas um dia antes, o grupo incluindo o baterista Gustav Schäfer e o baixista Georg Listing - apareceu em It's on With Alexa Chung na MTV para atuar o brilhante, angustiado single "Automatic", que também fornece um sabor da sua descoberta de sintetizadores e efeitos vocais. Segundo alguns relatos, seus fãs gritavam tão alto que os produtores da MTV estavam preocupados com os telespectadores em casa, eles não seriam capazes de ouvir a música propriamente dita.
Tecnicamente isso talvez não importe. Para todos os hinos, conduzidos pela guitarra que oferece seu catálogo [veja "Ready, Set, Go" de 2007 ou "World Behind My Wall" deste álbum], Tokio Hotel também é um espetáculo sem arrependimento. Coberto de laquê dentro de uma polegada de sua vida, o moicano de Bill desafia todas as noções da física newtoniana. O cabelo, emparelhado com sua maquiagem impecável e estrutura óssea invejável é hipnotizante. "Eu faço meu cabelo e maquiagem por mim mesmo", diz o vocalista, mostrando com a cabeça como se senta com a postura impecável. "[Desenho] minha inspiração vem de coisas diferentes. Eu gosto de David Bowie, e eu gosto de filmes de vampiro." Tom olha para seu irmão elegante.
Delicadamente desgrenhado - com trancinhas recentemente substituindo seus dreads - ele se considera mais que um tipo de cara de hip-hop: "Eu tive talvez uns três penteados na minha vida, então eu não sou como Bill, mudando a cada dia."
Alta proteção ou não, os irmãos - que cresceram em uma cidade alemã chamada Magdeburg - sempre se destacaram como os polegares doloridos. Eles trocam olhares conhecidos. "Foi um tempo difícil", dizem em uníssono. Até os professores denunciaram sua inclinação para o spray de cabelo e sombra de olho. "Mas," diz Bill, "nós tivemos um ao outro."
Os pais dos gêmeos abasteceram seu interesse em música por deixá-los tocar em clubes. Com 11 anos, sob o nome Devilish, os irmãos juntamente com Schäfer e Listing, dizem que estavam gravando canções em um estúdio. "Nós os pagamos em cigarros e cerveja", afirma Tom. É interessante notar que, dois anos mais tarde, o produtor Peter Hoffman os levou sob sua asa, incentivando-os a mudar o nome de sua banda, alistando a ajuda de compositor, e dando-lhes um contrato de gravação. Em 2007 Tokio Hotel estava tocando para uma multidão de meio milhão em um concerto próximo a Torre Eiffel. "Nós ficamos chocados", admite Bill. "Foi um grande momento." Desde então, suas vidas têm sido uma névoa de manipuladores e viagens de publicidade e fãs sem fôlego.
Recentemente, os irmãos completaram 19 anos. Eles poderiam ter ido em qualquer lugar do mundo para marcar a ocasião, mas em vez disso, eles retornaram à Alemanha, celembrando em um parque de diversões. "Era um tipo de nosso sonho de infância ter um parque temático só para [nós]," diz Bill. Então eles não são muito legais para andar em montanhas-russas? "Eu amo! Eu amo!" Mesmo se isso estragar o seu cabelo.



Tradução: Naah - LdSTH

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